#Critica# Cinzas Progressivas
Originária da Irlanda do Norte, esta banda é constituída por Tim Wheeler (guitarrista e vocalista), MarkHamilton (baixo) e Rick McMurray (bateria). Até há pouco tempo teve um quarto elemento que esteve nove anos no grupo, a bela Charlotte Hatherley (vocalista e guitarrista), que partiu para uma carreira a solo.
Os Ash conseguem inovar sem alterar muito a sua sonoridade desde 1992, sendo esta conotada como britpop, grunge ou punk–pop. Ao contrário de todas a bandas que quando têm um álbum bem sucedido se põem a inventar novos sons à luz do sucesso, a banda de Tim Wheeler opta por melhorar o que já sabe. E este álbum, “Twilight of the Innocents” é a prova dessa atitude.
O álbum é todo um misto de energia e melodia numa mistura de guitarra, bateria e instrumentos clássicos comoo piano e o violino. O single “You Can’t Have It All” transmite a sensação de segurança para quem duvida da qualidade deste trio de músicos.
Tive a sorte de ver os Ash no festival Sudoeste 2004, a tocar de dia perante cinco mil pessoas, o que num festival como o Sudoeste é muito pouco e ainda com problemas de som. A banda de Tim Wheeler presenteou–nos nesse fim de tarde com um concerto fantástico como que se estivessem a tocar perante milhões de pessoas, sem problemas nenhuns, mantiveram a mesma energia e amor pela música que encontramos nas bandas em início de carreira.
Continuando com o álbum, “Twilight of the Innocents”, ouvindo-o de início ao fim, começamos com uma canção cheia de energia “I Started a Fire”, passando por melodias como “Polaris”, acompanhada por piano e violino, que faz desta uma das melhores músicas do álbum a par de “Shatered Glass”, que lembra Muse em inícios de carreira. Este álbum termina com “Twilight of the Innocents” que junta uma melodia clássica com o poder característico da banda, sendo este o fim perfeito de uma etapa na carreira destes três músicos muito talentosos.
Este é o último álbum dos Ash. A banda não vai acabar, mas e como afirmam, a maneira de as pessoas ouvirem música mudou e eles têm que acompanhar essa mudança, por isso os futuros trabalhos irão sair em singles.
Critica saiu no Jornal Universitário de Coimbra "ACABRA" nº 176